Pode parecer que o conceito seja relativamente novo, o termo do momento, mas nossa imaginação vem sendo estimulada desde 1992, com o lançamento do romance Snow Crash. O livro se tornou inspiração fundamental para a criação de ambientes e realidades virtuais.
Uma ideia, um conceito de 30 anos atrás que aparentemente chegou de vez, seria a fusão definitiva entre o varejo físico e digital?
Vale lembrar que os autores de ficção científica costumam ser assertivos ao tentarem “prever” as tecnologias do futuro e nos fazem provocações sobre como evoluirmos nossas sociedades, sob a forte implicação de novas tecnologias.
A primeira aparição de algo similar ao metaverso foi em um episódio do seriado de ficção “Star Trek”, na ocasião era chamado de “sala de recreação”, um dispositivo fictício, que usava “hologramas” para criar uma simulação realista de um cenário real ou imaginário, no qual os participantes podem interagir livremente com o ambiente, bem como objetos e personagens, e às vezes uma narrativa. Parece com algo que você tenha experimentado recentemente?
Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos pela Gartner diz que 25% de nós gastará pelo menos uma hora por dia interagindo no metaverso em 2026 e não há dúvidas de que o potencial e as oportunidades são vastos.
Vale lembrar que não há apenas uma única experiência de metaverso, pois existem vários metaversos e o conceito não pertence a nenhuma pessoa e nem mesmo a nenhuma empresa. Nenhum fabricante será proprietário do metaverso. Nesse ambiente, os produtos não físicos são tão valiosos quanto os produtos físicos que conhecemos.
A pesquisa, realizada nos Estados Unidos, também aponta que 59% dos consumidores desejam que os varejistas facilitem as compras, além da combinação testada e comprovada de lojas físicas e sites. A perspectiva é obter um novo canal de vendas atraente e confiável com um público integrado.
O metaverso fornece a infraestrutura para os varejistas criarem plataformas envolventes, que formarão um ambiente único e multifuncional, que pode lidar com todas as ações e atividades realizadas ao longo do dia de seus clientes.
Por meio de extensas experiências de jogos, AR (Realidade Aumentada) e VR (Realidade Virtual), é possível que as marcas criem linhas de produtos e serviços altamente exclusivos.
O metaverso abre enormes possibilidades para todos e permite que os varejistas desenvolvam e forneçam um atendimento e uma experiência inimaginável aos consumidores. Soma-se a isso a capacidade de co-criação e de colaboração, entre os mundos digitais do setor.
Portanto, tudo indica que o metaverso passe a ser a junção e a solução definitiva entre e-commerce, experiência digital e física. Seria o “Real Omnichannel”?